Partes

Preso entre espaço e tempo,

o medo me rouba o punhal,

a noite afaga-me a fronte,

domesticando-me, como animal.

Teimo em ser pura essência,

transceder, talvez levitar,

trilhar caminhos de pedras,

e sentir teu crepitar.

Como fogo, abraça-me e queima,

me faz ser ator ou poeta,

um som, uma musica, um poema

desde que a vontade não seja pequena.

Deixo-te, e parto no mundo,

com lágrimas despisto meus rastros,

levo você no coração,

no corpo, na mente,

e em inúmeros retratos.

Antônio Beatriz
Enviado por Antônio Beatriz em 25/10/2010
Código do texto: T2576841
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