CANÇÃO DA SAUDADE
(Sócrates Di Lima)
Pego um violão,
Dedilho acordes de paixão,
Minha voz trêmula mostra minha situação,
De um poeta embriagado de quase solidão.
Sozinho por opção eu me faço,
Não choro por ter perdido um amor.,
Nem pela tristeza no meu encalço,
Mas, pela saudade que me causa torpor.
Não é uma saudade qualquer,
Já faz algum tempo que ela partiu.,
Esta saudade é pela mulher,
Que eu deixei ir embora e meu coração sentiu.
Por algum tempo eu me entristeci,
Mas, agora, conformado eu me venci.,
Porém, na solidão quase adormeci,
E por ela canto o que ainda náo esqueci.
O meu amor já morreu dentro dela,
Mas o dela ainda não morreu em mim.,
Meus olhos ainda lacrimejam por ela,
Porque a saudade não tem fim.
Pego o meu violão,
Em silêncio canto no meu pensamento.,
Tenho um nó no meu coração,
Que me deixa com saudade de Basilissa a todo momento.