PÉTALAS ORVALHADAS...
É de manhã,
O sol, ainda preguiçoso,
Abre os olhos lentamente;
É de manhã,
Sob as arvores perfumadas,
Pingos d’água nas calçadas.
É de manhã,
O sol já estica a luz dos olhos,
E, invade as flores do jardim;
É de manhã,
O sol, já não mais preguiçoso,
Tenta aquecer o vazio que há em mim.
É de manha,
Abro a janela da alma,
E do jardim espio as flores;
É de manhã,
Mas eu ainda não dormi,
Estive apenas... A maximizar minhas dores.
É de manhã,
Lá fora, o sol faz de praia a calçada,
E, no meu peito, o tempo fecha ainda mais,
E faz minh’alma nublada.
É de manhã,
E, mais um dia que será longo,
Sem qu’eu veja o meu amor, minha flor,
Que, nas manhãs, saia do banho...
Como pétalas orvalhadas.