PÉTALAS ORVALHADAS...

É de manhã,

O sol, ainda preguiçoso,

Abre os olhos lentamente;

É de manhã,

Sob as arvores perfumadas,

Pingos d’água nas calçadas.

É de manhã,

O sol já estica a luz dos olhos,

E, invade as flores do jardim;

É de manhã,

O sol, já não mais preguiçoso,

Tenta aquecer o vazio que há em mim.

É de manha,

Abro a janela da alma,

E do jardim espio as flores;

É de manhã,

Mas eu ainda não dormi,

Estive apenas... A maximizar minhas dores.

É de manhã,

Lá fora, o sol faz de praia a calçada,

E, no meu peito, o tempo fecha ainda mais,

E faz minh’alma nublada.

É de manhã,

E, mais um dia que será longo,

Sem qu’eu veja o meu amor, minha flor,

Que, nas manhãs, saia do banho...

Como pétalas orvalhadas.

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 22/10/2010
Reeditado em 22/10/2010
Código do texto: T2572803
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