Falta

Agora,tão certo,pairo

nessa imensidão que obtenho.

Desnudo ter que caço,sem haver.

Me acompanha,a ilusão,numa passagem

lúgubre,que faz querer viver.

Seio ardente em brasa semi-morta - você -

que sem esforço põe a acender.

Estou silêncio de fazer o vento falar,

sobre tal força que há aqui,no meu pensar.

Me atiro na proposta desse tempo,

no meu infante segredo,

que revelo nesse lido poetar:

Estás quase aqui,como nesse retrato.

Imóvel.Abstrato.

E o imaginar,vai formando na retina

do meu olhar,uma ponte a ligar,

dois mundos mudos,divididos

entre muros,que impedem tocar.

Não o pensar.

-Te lembro...