Por onde andarão?
Quantas bobagens praticamos em nossas vidas, sem ao menos percebermos que magoamos alguém?
Quantos perdões pedidos no silêncio de nossa dor?
Quantos natais perdidos?
Quantos aniversários sem a minha presença?
Anos e anos se passaram e muitos outros poderiam não passar...
Quantas procuras?
Quantos desencontros?
O tempo viaja dentro de mim
E me torno passageiro do passado
Preso num presente frio e solitário
Um verdadeiro casulo de interrogações.
Deus me tirou um
E o destino me priva da presença de outros.
A minha esperança é calcada no amadurecimento
De minha alma,
Que sustenta meu corpo e alivia a minha dor,
Mas não a minha saudade.
Esta será a minha companheira, até que alguém
Me responda minha única pergunta?
Por onde andarão?