Por onde andarão?

Quantas bobagens praticamos em nossas vidas, sem ao menos percebermos que magoamos alguém?

Quantos perdões pedidos no silêncio de nossa dor?

Quantos natais perdidos?

Quantos aniversários sem a minha presença?

Anos e anos se passaram e muitos outros poderiam não passar...

Quantas procuras?

Quantos desencontros?

O tempo viaja dentro de mim

E me torno passageiro do passado

Preso num presente frio e solitário

Um verdadeiro casulo de interrogações.

Deus me tirou um

E o destino me priva da presença de outros.

A minha esperança é calcada no amadurecimento

De minha alma,

Que sustenta meu corpo e alivia a minha dor,

Mas não a minha saudade.

Esta será a minha companheira, até que alguém

Me responda minha única pergunta?

Por onde andarão?

George DAlmeida
Enviado por George DAlmeida em 08/10/2010
Código do texto: T2544482
Classificação de conteúdo: seguro