FREDERICA (Uma velha gata persa carinhosa/ que se foi, deixando, em nós, muita saudade)
FREDERICA
(Uma velha gata persa carinhosa
Que se foi, deixando, em nós, muita saudade)
Já chegou aqui em casa
Velhinha, não mais paria!
E tinha uma gripe crônica
Que do nariz lhe escorria.
Com ouvidos inflamados
E sempre estava espirrando;
Olhos sempre remelados,
A orelha sempre coçando.
Tomou uns antibióticos,
Dos ouvidos melhorou
Mas, das narina, que nada!
O catarro continuou.
Carinhosa! Uma doçura!
Miava bem de mansinho:
Abrindo e fechando a boca
Como a nos fazer carinho.
Ao contato carinhoso,
Se recurvava a pedir
Que fizesse mais e mais,
Sem se cansar de subir.
Comilona pra valer,
Estava sempre pedindo.
Parecia nunca encher
Ou a viver se esvaindo.
Ao ouvir o barulhinho
Da comida na bacia,
Estando sempre por perto,
Mais que depressa, corria.
Até que um certo dia
Ela parou de comer,
E nem água mais bebia!
Dava pena o seu sofrer.
Foi definhando aos pouquinhos,
Demorou, mas... finalmente,
Despediu-se... de mansinho...
E com tristeza, da gente.
Foram vinte e tantos dias
O sofrer de Frederica
Que parte. E uma saudade
Doída em todos nós fica.
Que o deus dos gatos dê
Ao seu espírito um lugar
Onde ele possa viver
Livre de tanto penar.
Natal/RN - 2008.
FREDERICA
(Uma velha gata persa carinhosa
Que se foi, deixando, em nós, muita saudade)
Já chegou aqui em casa
Velhinha, não mais paria!
E tinha uma gripe crônica
Que do nariz lhe escorria.
Com ouvidos inflamados
E sempre estava espirrando;
Olhos sempre remelados,
A orelha sempre coçando.
Tomou uns antibióticos,
Dos ouvidos melhorou
Mas, das narina, que nada!
O catarro continuou.
Carinhosa! Uma doçura!
Miava bem de mansinho:
Abrindo e fechando a boca
Como a nos fazer carinho.
Ao contato carinhoso,
Se recurvava a pedir
Que fizesse mais e mais,
Sem se cansar de subir.
Comilona pra valer,
Estava sempre pedindo.
Parecia nunca encher
Ou a viver se esvaindo.
Ao ouvir o barulhinho
Da comida na bacia,
Estando sempre por perto,
Mais que depressa, corria.
Até que um certo dia
Ela parou de comer,
E nem água mais bebia!
Dava pena o seu sofrer.
Foi definhando aos pouquinhos,
Demorou, mas... finalmente,
Despediu-se... de mansinho...
E com tristeza, da gente.
Foram vinte e tantos dias
O sofrer de Frederica
Que parte. E uma saudade
Doída em todos nós fica.
Que o deus dos gatos dê
Ao seu espírito um lugar
Onde ele possa viver
Livre de tanto penar.
Natal/RN - 2008.