NA DISTÂNCIA
(Sócrates Di Lima)
Ainda, mais distante, teus olhar se vai,
Alem fronteira onde meu olhar se apaga.,
Nas curvas nebulosas se contrai,
Sem olhar para traz, vaga.
Na distância meus anseios,
Desejos ternos de saudade.,
Amor diluído em gotas em veios,
Aonde conduz em devaneios a minha sanidade.
Na distância que se estica agora,
Abre uma fenda no peito para abrigar mais saudade.,
É como se ela nunca fosse embora,
Mas que a trouxesse em maior quantidade.
Ah! Esta saudade que me rodeia,
Rondei-a como se a perseguindo.,
Em noite clara de Lua cheia,
Que me traga, me toma como se me ingerindo.
E nesta distância em Lua que me rasga,
Corta-me como o fio da navalha.,
Distância que se resume na saudade que esmaga,
Toda e qualquer tristeza que na minha alma espalha.
Sentado no meu tempo, sinto saudade dessa menina,
Saudade de Basilissa que me sonda e me toma.,
Saudade mal criada, sem trégua, mas que me fascina,
Por ser o amor diluído na saudade que meu corpo ama.