Preso - Veredas
cativo pela imagem desse no passado
e prisioneiro da fantasia desse futuro
na saudade carcereira do imo no fado
da solidão e cela desse verso obscuro
gota viril traz agora esse o descanso
para os olhos símbolos desse o filho
na resistência dum o homem manso
porta de escape para um maltrapilho
forçado a recordar nesse rosto antigo
e obrigado a vislumbrar nesse sorriso
uma tristeza como travesseiro do ego
a angústia dum ombro no pranto siso
gota viril traz agora esse o descanso
para os olhos símbolos desse o filho
na resistência dum o homem manso
porta de escape para um maltrapilho
largado para viver daquele desespero
sozinho na dor como um e esquecido
nas lágrimas que lavam esse o áspero
e infeliz humano que é esse desnudo
De Marcondes Schifter
Poeta & Jornalista