Na Palma o seu nome

No seio de uma Palma o seu nome.

No seio de uma Palma cravei o nome dela

Protegido pelos espinhos ali permanecerá.

O tempo senhor de todas nossas mazelas

Virá acender o nome que brilhará

Quando a saudade aperta correrei até o jardim

Ali tatuada na Palma o amor na minha mão.

Tocarei cada letra carinhosamente sem fim

Na suave brisa que refrigera minha emoção.

Nunca mais esquecerei sublime instante

Que meu coração dorido ali padecia

Querendo vencer o mar que crescia distante

Nas águas perdido reflexo olhar da agonia

Seu nome era o que acolhia naquela agonia

com palavras belas falar de amor pra ela

Hoje a Palma inspira dias de real fantasia

Não me ouve, mas vê minha’lma a cada dia

Implora pelo toque de suas mãos macias

Guias misteriosas caminho sensuais de prazer

Sonha na sublime viagem corpórea

Envenenado pela fúria espalhada do amor.

Na adolescência era comum escrever nomes (das meninas sonhadas desejadas), nas plantas Palmas, usando um espinho.

E disse o poeta: “E cinco espinhos são na minha mão” (Estrambote melancólico)

Toninhobira

08/09/2010

Toninhobira
Enviado por Toninhobira em 20/09/2010
Reeditado em 20/09/2010
Código do texto: T2509227
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