DA MINHA JANELA
Eu vejo o horizonte que se desdobra
E da terra se descola,
Desloca, para o mundo abraçar;
Longínquo, profundo, imenso,
Além da terra e do mar.
Aqui perto, pequenas flores
Buliçosas com seus odores.
Mais além... formigas que passam
Sôfregas, atrás da vida;
Suor, penas e cansaço...
Correm, lamentam
Com caras feias e sofridas.
Da janela...
Tudo é lindo!
Olhos fitos, extasiados,
Assim me encontro eu.
Debruçada, triste, esquecida,
Olhando lá fora a vida,
Recordando aquele adeus.