LÁ, NUM DISTANTE DIA...


Isso foi, lá num distante dia...

Quando vi a troca de uma aliança,
senti selada, o fim da esperança,
nada mais me restava, na civilização.
Infelizmente, trouxe como herança,
e carrego comigo essa lembrança,
depois de tanto tempo, como ermitão.
Esse mundo de eremita
onde não existe o cartel,
que deixei preso na guarita
lá na outra vida infiel.

Nunca mais voltei, até hoje aqui estou,
não quiz voltar, lá a vida tudo me negou,
seria como ir ao encontro de punhais.
A juventude, a mocidade, o tempo levou,
agora, depois que tanto tempo passou,
afirmo com segurança, não voltarei mais.
Não e um viver vazio
pois viver nunca cansa,
sem sentir ciúme doentio,
e nem pensar em vingança.

Nunca vivi de mal com a  mãe natureza,
isso posso garantir com toda franqueza,
não aconteceu, em nenhuma ocasião.
Como esperava,não e triste viver sozinho,
sem nunca ver alguém em meu caminho,
sinto bem, não tenho medo da solidão.
Mundo, longe da cidade
escolhido para recolher,
a companheira é a saudade,
de onde, não irei mais ver.

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 16/09/2010
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