Ósculo - Veredas

túmidos e voluptuosos

lábios marcam no gesto

impetuoso do silencioso

epicentro daquele rosto

dantes era um cativeiro

inerte do vácuo no ego

dominado esse o ribeiro

que escorria no sossego

época turva das fábulas

no refúgio épico do elo

do senil pesar da cúpula

daquele espírito singelo

nas margens do pensar

passa um tempo isento

da folia ingênua no mar

do riso resgate do jeito

o ósculo epônimo eclodiu

no espaço vazio da alma

no senso abstrato do vil

nessa permuta da calma

pasmo fenômeno encerra

com um beijo na carência

o débil passado de guerra

no imo de uma existência

MarcondeSchifter
Enviado por MarcondeSchifter em 13/09/2010
Reeditado em 04/10/2022
Código do texto: T2495074
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.