Infancia, minha infância!
De folguedos e pescarias
Do plantar a sementinha
Da papoula e da rosinha.
Infância, minha infãncia!
Do brincar sempre à tardinha
Do pular as sete casas
E jogar amarelinha.
Infância, minha infãncia!
Do cantar a Ave maria
Do rezar o Pai Nosso
Pra nos dar o pão do dia.
Infância, minha infãncia!
Da primavera, a rainha
Da escola, a cantora
Cuja voz igual não tinha.
Infância, minha infância!
Trava- língua e adivinhas
Do brincar de anelzinho
E jogar cinco pedrinhas.
Infância, minha infâsncia!
De ouvir meu pai cantar
Do assistir a matinê
E minha mãe a costurar.
Infância, minha infância!
Sete irmãos sempre a brincar
Mas na hor de dormir
Todos tinham que rezar.
Infância, minha infãncia!
Da missa dominical
Dos bailes infantis
No Clube Social.
Infancia, minha infância!
A noite já se vai
A bênção, minha mãe
Sua benção, querido pai.
Infância, minha infância!
Saudades de anos atrás
Saudades dos meus quinze anos
E dos tempos que não voltam mais.
(Fotos de Maria Luiza D'Errico Nieto)
(Esta poesia faz parte do meu livro História é pra Contar)