Infancia, minha infância!
De folguedos e pescarias
Do plantar a sementinha
Da papoula e da rosinha.

Infância, minha infãncia!
Do brincar sempre à tardinha
Do pular as sete casas
E jogar amarelinha.

Infância, minha infãncia!
Do cantar a Ave maria
Do rezar o Pai Nosso
Pra nos dar o pão do dia.

Infância, minha infãncia!
Da primavera, a rainha
Da escola, a cantora
Cuja voz igual não tinha.

Infância, minha infância!
Trava- língua e adivinhas
Do brincar de anelzinho
E jogar cinco pedrinhas.

Infância, minha infâsncia!
De ouvir meu pai cantar
Do assistir a matinê
E minha mãe a costurar.

Infância, minha infância!
Sete irmãos sempre a brincar
Mas na hor de dormir
Todos tinham que rezar.

Infância, minha infãncia!
Da missa dominical
Dos bailes infantis
No Clube Social.

Infancia, minha infância!
A noite já se vai
A bênção, minha mãe
Sua benção, querido pai.

Infância, minha infância!
Saudades de anos atrás
Saudades dos meus quinze anos
E dos tempos que não voltam mais.

(Fotos de Maria Luiza D'Errico Nieto)

(Esta poesia faz parte do meu livro História é pra Contar)



 

Maria Luiza D Errico Nieto
Enviado por Maria Luiza D Errico Nieto em 10/09/2010
Reeditado em 15/08/2023
Código do texto: T2490646
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