QUE SAUDADE....

Que saudade dos tempos idos,

Que saudade do jardim florido,

Quando eu desconhecia os espinhos;

Que saudade quando, eu inda criança,

Recebia de minha mãezinha, de trança,

Os mais calorosos carinhos.

Que saudade da chuva, entre raios de sol,

E da correnteza entre as covas do terreiro,

A afugentar o cachorro bravio;

Que saudade do barquinho de papel,

Quando eu o colocava na correnteza,

A imaginar o mais fascinante navio.

Que saudade daquilo que fui um dia,

Quando eu alegre, sorria,

Por pouco, ou quase nada;

Do carrinho, com rodas de carretel,

Que saudade do barquinho de papel,

...Meu navio na enxurrada!

Que saudade desse tempo tão florido,

Onde a vida é um jardim,

A perfumar a mais linda idade;

...Desse tempo que não mais volta,

E, pelo qual um suspiro a gente solta,

Ah! Meu Deus! Que saudade!

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 31/08/2010
Reeditado em 31/08/2010
Código do texto: T2471143
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