ALGUMA SAUDADE

Quando vieres,

estarei vivo,

mas de uma vida quase morte,

vida de saudade.

Não da saudade lusitana,

aquela que é a alma de uma nação,

mas de uma saudade simples,

saudade de rio passando

silencioso

molhando os meus pés.

Meus pés estão molhados

sobre o chão seco de uma vida:

meu Deus, por que te demoras?