SAUDADES...
Os segundos despedaçando o tempo
E o relógio torna-se instrumento de martírio
Correm meus olhares além dos horizontes
Com teu olhar contemplam o parque da luz
Sacra arte do atemporal implícito ao delírio
Os minutos corroem o tempo da ansiedade
Como páginas que ininterruptamente lemos
Que tacitamente lemos e o livro ainda á escrever
Com tintas do que foi do que é e do que será
Pois são tantas coisas que ainda não conhecemos
As horas roubam sarcasticamente meu tempo de ti
E a saudade saúda a angustia desse longo interstício
Como uma ampulheta envolta inteiramente pelo vazio
Esperando que tuas areias sintam novamente teus pés
Pois tua presença é um louco e delicioso vício
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