Saudade

Hoje ao amanhecer,

Eu me vi um todo em você:

Em cada passo que trocava;

Em cada objeto que tocava...

Você se tornava presente,

Tal qual um vestuário,

Ou parecido e inesquecível!

Na higiene... No café...

Nos materiais de estudo...

A tristeza tão logo invade;

O silêncio me domina;

A Saudade, então, agita,

E a distancia exige a multa...

As lembranças só me acusam!

Eu me vejo cercado de problemas!

Uma lágrima alumia a visão...

Sento à beira da cama, e,

Parece-me vê-la do meu lado,

Assentando-se à espera de algo:

Das palavras de acalento;

Das promessas pra futuro;

Ou simplesmente, um sorriso!

Um beijo!... Um olhar!...

Estou eu, agora, impaciente,

Pelo que foi e que ficou,

Numa Saudade retorcida,

Por você, a despedida,

Que o tempo acionou!...

Bem sei o que fiz,

Ou não fiz, mas acabou!...

Nada pode definir!...

Se cada Amor que nasce,

Fosse total... Eterno,

Sem aliar preconceitos,

Ou detalhes quaisquer!

Se a nossa Vida fosse,

Qual um sonho encantado,

Que dissolvesse passado,

Mas restaurasse feliz!...

Já teria claro, a certeza,

Que esta momentânea tristeza,

Reverteria em alegria,

Devolveria o bom dia,

E vedaria o outrora que fiz...

Mas a ânsia insiste, me corrói!

Agora penso: onde estais?

Talvez aquém, bem mais perto,

Mas distante do que poderia ser de fato!

Posição oposta... Imposta...

Tentando alhures, se encontrar...

Do lado de cá, eu!

Tentando achar a solução,

Combatendo-me inteiramente,

Se o feito, foi o correto!...

Nem posso ter a Esperança!

Se um dia presenciar a sua volta,

Receberei com toda inovação!

Pois só a vinda é que germina...

E alimenta... E faz compreensão.

Mas bem sei... E sabes... E muito!

Não fui eu e nem foi você.

Talves O culpado: O Destino...