A POESIA INVENTA DE IR EMBORA

A poesia inventa de ir embora

E deixa um vazio em meu coração.

Não sei se ela partiu na aurora,

Se na alta noite , na escuridão.

E eu que pouco gozei da presença

Sinto um desejo de chorar agora.

Como se fora a minha sentença,

A poesia inventa de ir embora

Vai e leva muito brilho e cores,

Vai a seguir os vôos , os sonhos

Da poetisa que canta os amores.

Vai e nos deixa aqui tristonhos.

Algumas linhas queria escrever

Ao visitar o seu Recanto agora.

Olhos de vidro, hoje molhados

Pois a poesia inventa de ir embora.

Aracaju, 20/08/2010

Homenagem à escritora sergipana Tânia Meneses (autora de vários trabalhos belíssimos, dentre os quais OLHOS DE VIDRO)