Meu Fim
 

Tantas vezes em desespero por ti clamei,
Te busquei incontáveis noites sem fim.
Mas vãos esforços, ai de mim,
Hoje sou reino sem ter rei.
 
As noites correm longas à minha frente,
E te busco em pautas brancas
Como homens buscam das putas as ancas.
Mas, maliciosa, te esconder em minha mente.
 
Quisera não te desejar assim, desumana,
E ter minhas noites para mim,
E desfrutar sua escuridão mundana.
 
Mas sei ser vão pensar assim
Pois só deixarei de buscar-te, fugaz dama,
Quando enfim chegar-me meu fim.
 
160810
Fábio Codogno
Enviado por Fábio Codogno em 16/08/2010
Código do texto: T2441225
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