LEMBRANÇAS
Ando pela noite em minha cidade,
Lembro-me da minha infância triste
Que me traz felicidade. A melancolia
A vagar comigo, desde quando tu partiste.
Caminhos que se transformaram, os humanos
Altos da minha infância que ficaram baixos.
As ruas de terra, que quando crianças
Brincavamos, de asfalto, foram cobertas.
Ando pela 'minha' cidade do interior,
Reflito sobre o tempo que parecia passar
Lento, mas que nos envelhece,
Dissipa os amores de ontem e nos traz dor.
Que saudades do meu amor de infância,
Minha querida amada, quando ainda eramos
Crianças. Eu não conhecia a dor. E a minha namorada,
Me fazia com os seus beijos, um ser de liberdade.
Outra geração brinca na rua da minha infância,
Não percebem e não sabem que ali senti grande bonança.
Recordo-me da liberdade perdida, conquistada naturalmente.
Sem sangue e sem batalhas. Hoje percebo que tudo
Era só uma viagem de ida.
Mércio