O poeta também sentiu
O poeta também sentiu
Mª Gomes de Almeida
Se o outro não pode ser o desejamos que ele seja... então o quê faço eu aqui? Onde o silêncio e a solidão pairam como uma nuvem negra a me consumir.
A longos anos, insistentemente insisto acreditando que na finitude do instante pudesse compreende-lo.
Hoje porém, compreendo: sem saída não encontro!
Não me encontrei!
Ainda não sai!
Aos que dirão e disseram: “_Já tens a resposta!” de fato a tenho. Falta-me coragem, esperança, atitude de mudança!
Em constante busca por compreender o incompreensível que esqueci-me de mim, esqueci das minha possibilidades.
Lembro-me com carinho e com certa nostalgia do poeta e grito:
Sinto saudades mim!
Ele, o poeta também sentiu e escreveu:
“Perdi-me dentro de mim porque era labirinto e hoje quando eu me sinto é com saudades de mim”
Eu também poeta! Eu também...