CASINHA PEQUENINA
Parei por um instante
ao pé da larga escada...
E antes de ir adiante,
olhei um pouco cansada,
as tantas flores multicoloridas
que havia plantado no tempo!
As belas rosas vermelhas,
sobressaindo entre suas folhas,
bem ao lado da porta da frente
eram as que davam Boas Vindas,
aos passantes dali do campo.
Meu coração agora fremente,
vive ali em comuns adendas...
A minha extasiada casinha branca,
de portas e janelas azuis de sonhos,
em singeleza d’onde a ilusão ainda brinca
em cada cantinho de seus caminhos...
Não sei quanto tempo fiquei ali
perdida entre as lembranças
de tantos sonhos que vinham, dali!
... eram tempos de amores e bonanças!
Mas a voz que escutava, tão doce,
Dizia quase que num suplico:
- “ Não desista do que lhe apetece!
Não acorde desse sonho Angélico!”
Sorri, era uma rosa vermelha quem falava
numa aflição como se fosse meu coração!
-“Entre em sua ilusão branca,
De janelas e porta azuis e abertas pra seu amor!”
Subi as escadas com passadas ainda em alusão,
Mas o amor impulsionava como alavanca,
Conduzia minha ilusão como num andor...
- “Bem vinda à nossa casa!
Onde o “amor de asas” é eterno...!”