Só o que me resta.
É vendo a tarde indo embora, e os passarinhos que se recolhem, é onde os lenços mais se molham por tantas lagrimas a enxugar.
É no aproximar da noite é que sinto o estalar do açoite de uma saudade que não quer me deixar, mas ouço ainda a voz da pobre alma minha tentando se recuperar.
Fim de mais um nada, começo de um novo tudo, pois ainda me iludo pensando que vais voltar. E nesta volta sem volta, nesta ida já tão remota, só me resta olhar os dias, já que ainda os posso ver, só não quero ouvir mais nada, mas se quando ainda em delírios, ou mesmo já semimorto, já que as lembranças tem sido o porto desta minha solidão, ainda espero um leve sussurro de sua voz nos meus ouvidos. Mas se de tudo não acontecer, vou quebrar paredes e muros para de novo poder ver o entardecer, pois me vejo como ele, nascendo e morrendo a espera de você.