Ode à saudade.
Pastoreio a saudade,
no prado da minha vida;
Sem nunca ver que a verdade,
já há muito foi esquecida.
Canto o hino à saudade,
na minha lira calada,
como louvor à trindade;
Sem pensar na minha amada.
Escrevo a minha saudade,
em poemas de fogo e dor.
Faço poemas de maldade
e outros de muito amor.
Vivo com minha saudade.
No meu peito está o espinho,
ferindo na suavidade;
Dos lindos lençóis de linho.
Saudade essa palavra,
que o Português inventou;
Não viu que nela se dava,
em tudo que ele amou.
A alma de Portugal,
canta no fado a verdade.
Nele canta o seu mal,
quando vive na saudade.