ONDE “SE PARA” A DESPEDIDA
Um fim de tarde
Uma breve pausa em tom cinza asfalto
O sol vai dando seu adeus e também duas vidas se despedem
Envolvidas num abraço, vestidas de saudades
enquanto um coração se vai
O outro retorna para o mesmo ponto,
A ingratidão do espaço
Onde dois corpos não podem ocupar
Apenas um ponto para despedida
Aquela que sempre
Há de lembrar.
Chega a noite,
E faróis cruzam pensamentos
Iluminando um desejo que não volta atrás
Deixando a solidão brindar
O tempo que a pouco brilhava
E que agora
Por sua ausência
Um enorme vazio
Propaga
Me resta a esperança em calendários
Um amanhecer
Um novo fim de tarde
Um ponto de partida
Uma saudade.
(*)