VELEIRO VELHO
Eu te vi sentada em meu veleiro...
Mas me afligem as sensações que a meu peito queimam...
Em tuas mãos minha razão a palpitar
As brumas mortas torpes de outro dia
Se é melhor que não compreenda o que te digo...
Minha, és somente minha
Como sou teu
Em teus planos caio em desengano
Em desespero, minha alma, que se recolhe
Sem saber, e eu que não te via há tanto...
Que minhas pernas doeram de tanto te procurar
Te digo, te quero muito
Te preciso, me enamorei
Nada que possa sonhar,
Se compara em te reencontrar...
Nas brumas, o meu veleiro...
E me deixaste
Em pobres e loucos sonhos
Embriagado
Me enamorei, e te perdi
A beira mar
E agora te encontrei
Nas brumas torpes do meu pensamento
Nas horas vagas e vagabundas de agonia
No veleiro velho que em minhas lembranças
Só navega na busca daquela dia
Que tu me deixaste louco
Abandonado a beira mar