VELEIRO VELHO

Eu te vi sentada em meu veleiro...

Mas me afligem as sensações que a meu peito queimam...

Em tuas mãos minha razão a palpitar

As brumas mortas torpes de outro dia

Se é melhor que não compreenda o que te digo...

Minha, és somente minha

Como sou teu

Em teus planos caio em desengano

Em desespero, minha alma, que se recolhe

Sem saber, e eu que não te via há tanto...

Que minhas pernas doeram de tanto te procurar

Te digo, te quero muito

Te preciso, me enamorei

Nada que possa sonhar,

Se compara em te reencontrar...

Nas brumas, o meu veleiro...

E me deixaste

Em pobres e loucos sonhos

Embriagado

Me enamorei, e te perdi

A beira mar

E agora te encontrei

Nas brumas torpes do meu pensamento

Nas horas vagas e vagabundas de agonia

No veleiro velho que em minhas lembranças

Só navega na busca daquela dia

Que tu me deixaste louco

Abandonado a beira mar

JANA CRAVO
Enviado por JANA CRAVO em 26/07/2010
Reeditado em 26/07/2010
Código do texto: T2400720
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