TALISMÃ
Não desisto de lhe esperar, conto cada folha que cai ao chão neste dia esquecido de inverno, o que vejo são sombras apressadas, as imagens que correm se transformam em um filme mudo, vejo minha vida em uma comédia sem risos, um drama com lágrima, o suspense de que um dia você me ache e tudo seja um final feliz. O dia perde sua estética, nada muda, tudo é igual como ontem e o amanhã é um desejo. Sou o desenho que as crianças rabiscaram no muro, esperando que me note, antes que a chuva apareça e leve com ela meu sorriso. Farei-te uma flor com jornal e quando ela se desabrochar talvez no meio de tantas palavras alguma faça você de mim se lembrar. Hoje não chorarei, guardarei minha ultima lagrima junto com a esperança de um dia lhe meus olhos com os seus se beijarem.