NAS ASAS DE UM BEIJA-FLOR
(Sócrates Di Lima)
Nas asas de um beija-flor eu divago,
Vôos periféricos e rasantes.,
Visito flores e deliciado trago,
Seu perfume todos os instantes.
Sinto uma deliciosa experiência,
Quando penetro o âmago das flores.,
Numa intimidade sem resistência,
Como se se abrindo em amores.
Sinto o gosto do mel respingado na boca minha,
Quando em êxtase seu desejo busca,
Ela(flor) se abrem feito Rainha,
A ele(beija-flor) se entrega, suspira, ofusca.
E assim, viajando nas asas de um beija-flor,
Iço vôos na saudade que me pega.,
Busco a leveza do meu amor,
E minha alma se entrega.
Ah! Que no âmago desta saudade,
Longe, em vôos silenciosos.,
Busco sentir o prazer da felicidade,
Em buscá-la em vôos audaciosos.
Saudade que ao longe voa,
Saudade que ao meu encontro vem.,
Saudade é luxuria boa,
Que alimenta o meu amor também.
Ah! Esta saudade inquieta,
Que não me abandona enfim,
Ela representa a flor mais certa,
A flor perfumada e bela do meu jardim.
Nas asas do meu beija-flor.
Me perco na divagação de um sonhador.,
Uma saudade que vem repleta de fervor,
Para me lançar em vôos, em busque o mel do seu amor.