O paradoxo de uma ausência

Quando chegares,

estarei de porta aberta,

na sala principal,

ansiosamente, à sua espera.

Chegues com calma,

pois o meu coração está frio,

e pode se assustar.

Adentre sem medo.

A casa é sua; Sempre foi...

[Desde sempre]

Muito embora mesmo, nunca

tenhamos vivido um dia sequer

sob o mesmo teto, nem dividido

a cama por um segundo apenas.

Sinta-se à vontade comigo,

porque eu te esperei

por toda minha vida...

E mesmo que meus olhos jamais

tenham fitado os teus,

meu coração não deixou de arder

um dia sequer a tua ausência...

cristovam melo
Enviado por cristovam melo em 14/07/2010
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