MEU ESPELHO

O MOMENTO DESABROCHOU

NAQUELE SILÊNCIO MOSTROU

A NOITE FEIA DE AGONIA

REGURGITOU O VERMELHO

O LINDO HOMEM,MEU ESPELHO

QUE AMOU TUDO QUE CONVÍVIA.

AS HORAS PASSARAM

AS LÁGRIMAS DESPENCARAM

NO LEITO BRANCO RELEMBROU

UMA VIDA DE VENTURA

E BEIJOU COM TERNURA

AS ONZE IMAGENS QUE GEROU.

NAQUELA FRIA BONANÇA

BROTAVA A PÁLIDA ESPERANÇA

NA MADRUGADA SOMBRIA

NO INFINITO ESCUTAVA

UMA VOZ QUE SUPLICAVA

A SAÚDE QUE MORRIA.

NO OLHAR A TRISTEZA

MOSTRAVA COM CERTEZA

NA VERMELHA REALIDADE

O FINAL DA DOCE VIDA

DEIXANDO NA AVENIDA

A ETERNA SAUDADE.

NO OLHAR DESESPERANÇADO

ASSISTIA CONFORMADO

A NOITE LÂNGUIDA QUE CAI

NAQUELE TÚMULO DURO

ANUNCIANDO NO ESCURO

O SONO ETERNO DO MEU PAI.

PAULOONZECHAVES
Enviado por PAULOONZECHAVES em 13/07/2010
Reeditado em 15/07/2010
Código do texto: T2374680
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