MEU ESPELHO
O MOMENTO DESABROCHOU
NAQUELE SILÊNCIO MOSTROU
A NOITE FEIA DE AGONIA
REGURGITOU O VERMELHO
O LINDO HOMEM,MEU ESPELHO
QUE AMOU TUDO QUE CONVÍVIA.
AS HORAS PASSARAM
AS LÁGRIMAS DESPENCARAM
NO LEITO BRANCO RELEMBROU
UMA VIDA DE VENTURA
E BEIJOU COM TERNURA
AS ONZE IMAGENS QUE GEROU.
NAQUELA FRIA BONANÇA
BROTAVA A PÁLIDA ESPERANÇA
NA MADRUGADA SOMBRIA
NO INFINITO ESCUTAVA
UMA VOZ QUE SUPLICAVA
A SAÚDE QUE MORRIA.
NO OLHAR A TRISTEZA
MOSTRAVA COM CERTEZA
NA VERMELHA REALIDADE
O FINAL DA DOCE VIDA
DEIXANDO NA AVENIDA
A ETERNA SAUDADE.
NO OLHAR DESESPERANÇADO
ASSISTIA CONFORMADO
A NOITE LÂNGUIDA QUE CAI
NAQUELE TÚMULO DURO
ANUNCIANDO NO ESCURO
O SONO ETERNO DO MEU PAI.