Saudades.... sempre!
Todos os domingos
às sete em ponto,
o coração nunca está pronto,
o cérebro roto, tonto,
contigo eu sei, já não conto
mas, continuo a visitar-te.
Suportar esta dor é uma arte,
eu não nasci com este dom...
Então, lá vou eu estarrecida,
no jardim colho margaridas,
só para os outros agradar...
Em vida te dei muitas flores,
vestes belas em tuas cores,
amor-perfeito plantei no quintal...
Hoje, te dou apenas meu pranto,
quem te cobre agora é o manto,
de terra, pedras e pisos frios,
quando chego, os calafrios,
fazem-me passar mal
não sei se vou suportar...
Benvinda Palma