Outono Cinza
Tardes cinzentas de outono,
Folhas e sonhos esparramados pelo chão.
Lágrimas de chuva sobre um coração sem dono,
Esquinas geladas no lado b dessa estação.
Olhares se cruzam na rua da amargura,
Sorrisos escondidos atrás de semblantes artificiais.
Um poema explícito, sem censura,
Uma caricatura daqueles sentimentos superficiais.
Uma fraqueza, uma nova estação,
A certeza de uma triste solidão,
Ao ver a paisagem sem cor.
Tenho medo de morrer por este amor,
Que perdeu as folhas com o fim do verão,
E coloriu com tons de cinza a minha dor.