SAUDADE INQUIETA
(Sócrates Di Lima)

Sentado aqui,
Na minha varanda,
Deixo minha mente vagar por ai,
E o meu coração desanda.
 
É um coração ora quieto,
Cheio de saudades mil,
Não é sofrimento, apenas inquieto,
Vagando no meu céu de anil.
 
Olho pássaros revoando,
Como se para mim cantando.,
Há naqueles pequenos voando,
Restos de saudades me trazendo.
 
Talvez sinta nostalgia,
Talvez apenas o silêncio que vigia.,
Nada de melancolia,
Pela tarde, uma ponta de alegria.
 
A saudade é quase inquestionável,
Chega, se apossa e toma forma.,
Manda, faz o coração delével,
Um momento triste em alegre se transforma.
 
Ah! Que delicia...que delicia...
Me pegar sonhando acordado.,
Lembranças vivas que me alicia,
Lembranças do bem amado.
 
E o que importa esta saudade,
Se há tanta coisa para curtir.,
Embrulho esta saudade que me invade,
E guardo-a para outra hora sentir.
 
Então, suspiro na profundidade de minha alma inquieta,
E olho o meu coração em clamor.,
Alma e coração exclamam na certa,
Por onde andará  aquele amor.

Então eu me recolho á minha inquietude,
Desfaço meus pensamentos em festa.,
Olho para dentro um sentimento em plenitude,
Que é esta saudade inquieta.
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 03/07/2010
Reeditado em 14/08/2010
Código do texto: T2356544
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