Estimada Poesia
 
Olho para os lados e te busco,
Sensação inquietante.
E busco nos confins da memória
Como era sentir-te,
Quando te sentia,
Nos tempos de antes.
 
Te busco nas frestas da parede,
Viagem delirante.
E procuro em todos os confins da minha mente
O mesmo sentimento que sentia
Quando te prendia em meus pensamentos.
 
Penso que não me cabe almejar,
Dama evanescente,
Ter tua companhia nesta sina.
Pois as palavras não me visitam
E meus versos, desencontrados,
Não se combinam.
E não mais formam,
Rainha vazia,
Minha tão estimada
Poesia.
 
300610
Fábio Codogno
Enviado por Fábio Codogno em 30/06/2010
Código do texto: T2350740
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