Fotografia

Venho da eterna caminhada para a morte te dizer que a imagem salva agora é presente ontem.

Remontam ao mais triste dia à sempre funda felicidade, calmamente repousada em uma imagem mágica.

Sombras, luzes, as cores do mundo, da carne, da alma.

As fotos não sentem o vento, nem quando o mesmo à balança, como em um convite para a dança. Não sei dançar.

Isso é só para que se caso uma saudade vier e virá, a alegria de estar ali, deitado no parque.

Transformam em novas saudades belas os momentos futuros.

Mas posso dizer que as fotos doem, sim, uma dor intensa como em doença.

Mas cresce na alma o seu encanto. Como brinquedos nos cantos.

Menos seria eterno em sua vida.

Amo a imagem paralisada do que é sincero.

Só mais uma foto antes de dormir.