Ponte da Lapa..Saudosa e amada Cora Coralina

A rua estreita já não

é a mesma

Sempre que chora

derrama suas águas

que escorrem até

a ponte da lapa

caindo no rio...

No casarão antigo

suas paredes

sussurram prosas e

versos perdidos

sem a voz da poetisa...

Só sua essência

permaneceu

defumando o

silêncio com aroma

de cravo e canela,

da mulher doceira

que dormia com

a poesia na palma

das mãos...

Sentiu as dores

iluminada pela luz

do candieiro quando

pariu a poesia,

ao pé do borralho

adoçada com cocada

cheirando a jasmim...

Foi a flor mais linda

que o cerrado

goiano concebeu de

nome Aninha,

que virou anjo voando

com cheiro de flor...

Deixando em seu rastro

uma poeira de estrelas,

Onde o vento em

ligeira cavalgada

Esparramou no

céu de Goiás...

Pra você amada Cora que tive

o prazer de conhecer....

Marcia Portella

06/11/2008