Infinito

Toma, leva este azul,

É o abraço que a abraça,

Tão infinito quanto à palavra,

A mesma recusada,

Na boca mal retocada.

Mas, sempre a palavra,

Aquele fala a você

Na inexistência do erro,

No perdão do desafeto,

Na fé pelo Criador.

Eis a palavra, o azul,

O dom verbal, veículo que apóia,

Abastecendo seu cântaro,

Rejuvenescendo suas idéias.

Eis o azul, o abraço

A redenção aos pecados,

O verbo fruitivo do amor.

Aqui os olhos encontram a paz

Sob a doçura, o candor,

A celebração da poesia,

Vagueando mansamente pelos corredores,

Nas alamedas dos vocábulos,

Tão azuis, quanto os pretensiosos

Mas, ditosos sonhos que te fez em poemas.