ASAS  DE  AGOSTO !

E verde será o manto despido
e rasgado deste corpo
que é meu
e teu
e só teu...

E este corpo, que é o meu,
esperou e espera
que o venhas resgatar
desta sombra
que a sua alma cobre
roubando-lhe o ânimo!

Não quero continuar
neste fundo!
(nem neste mundo...)

Anseio por brisas,
ventos, tornados,
que me tirem deste plano
sem planos formados,
resto de um Verão radioso
que minhas asas queimou...

Quero voltar a Agosto!...
Quero beijar-te
e ver no teu rosto
a luz,
alegria que em tempos eu vi...

(E voltei a chorar
as lágrimas d'outrora...)

Oh dor da saudade...
Deixa-me viver!

Perco-me em devaneios
e quimeras vagas...
A energia esvai-se deste corpo
que é meu
e teu
e só teu...

Beijinhos,

Teresa Lacerda
Enviado por Teresa Lacerda em 15/06/2010
Código do texto: T2321360
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