QUANDO CRIANÇA
Só o que me fez feliz;
ficar olhando os ninhos dos pássaros,
depois vê-los a navegar no ar do céu...
areias, sol.
e minha casa, tangível
sabor possante de um austero aconchego.
e vinham os barcos; prata,
planícies onduladas
no anel transparente
dos lagos, aqui, fui a laringe e o cérebro dos peixes
e no aquário dos jardins os gravetos do girassol
aos quinze; (fui sim)
coroinha – é - ajudante
adjacente da caverna de Deus.
amizades, e mãos cheias
de juventudes.
e com meus dezoitos; atropelei-me
nos verbos incultos de um oceano impenetrável.
penei, uma penalidade feroz
que numa irrevogável cruz
não deixei o sol morrer sozinho.
tenho saudade; (sim) tenho
saudade de certa prospecção infecunda.
quando lembro, um nódulo cego
corta-me a garganta.
Só o que me fez feliz;
ficar olhando os ninhos dos pássaros,
depois vê-los a navegar no ar do céu...
areias, sol.
e minha casa, tangível
sabor possante de um austero aconchego.
e vinham os barcos; prata,
planícies onduladas
no anel transparente
dos lagos, aqui, fui a laringe e o cérebro dos peixes
e no aquário dos jardins os gravetos do girassol
aos quinze; (fui sim)
coroinha – é - ajudante
adjacente da caverna de Deus.
amizades, e mãos cheias
de juventudes.
e com meus dezoitos; atropelei-me
nos verbos incultos de um oceano impenetrável.
penei, uma penalidade feroz
que numa irrevogável cruz
não deixei o sol morrer sozinho.
tenho saudade; (sim) tenho
saudade de certa prospecção infecunda.
quando lembro, um nódulo cego
corta-me a garganta.