Lembranças (“minhas”)     


Não quero ficar de mal...
Com as lembranças
Quero encontrá-las...
Nas grisalhas mechas do tempo
Saberei como converter as mágoas
Que estiverem fora de lugar
E as lágrimas...Serão pêndulos de cristal
A tremular nas pálpebras de sonhos
E abrir-me-ão, nitente portal.
Onde adentrarei tímida e descalça
Para não macular memórias que
Fitam meus olhos e os querem risonhos!
Não... Elas jamais me farão mal
E as alcançarei em noites estreladas
Alinhadas à cadeira que me balança
Elas terão muito à me darem em troca!
Embora eu, não as superem em distâncias...
Sou-lhes o lenho que fomenta a penumbra
E no recôndito confessa e deslumbra!
Não quero, não posso dizer.
Quem mais padece...Elas ou eu
Na foto escurecida pela ausência...
Quando dimensiono e celebro
Simbolismos de uma existência
Onde o destino, por mais que.
Descubra-se ateu...
Reincorpora-me e não esquece
Quão delas eu fiz momentos
E o quanto de mim...Elas merecem...
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06/06/2010
IZA SOSNOWSKI
Enviado por IZA SOSNOWSKI em 06/06/2010
Código do texto: T2303464
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