AMARGO SABOR
Esculpindo na fina e branca areia,
Os sonhos inebriados de emoção,
Veio à memória a semelhança,
Do seu corpo revestido de paixão,
Onde a tola mente devaneia,
Trazendo-me sua doce lembrança,
No pequeno rio desta aldeia!
Saudades do tempo de outrora,
Em que o amor nos outorgava,
A liberdade da bela autenticidade,
Sentindo o amor com vontade,
Na sua meiga e inflamada carícia,
Sem máscaras e sem maldade,
Nos ciclos da intrépida aurora,
Realeza da nossa supremacia!
Sentimentos que se esvaíram,
Deixando o luto deste louco amor,
Sinto o fel da sombria desilusão,
Dilacerando meu funesto coração,
Cravando o sentimento da dor,
Que os deuses coibiram,
Nas frias areias do rio da aldeia!