PRISIONEIRA

Sou filha das terras quentes;
meus olhos se alongam
para planícies e matas frondosas
que me fogem saudosas...

Sou filha das grandes tempestades;
meus sentidos se revoltam
com esta estranha quietude
pois sou d'outra latitude...

Sou filha do belo entardecer;
meus cabelos se recordam
do afago doce e puro
do vento, antes do escuro...

Sou filha dos verdes mares;
meus pensamentos se soltam
e partem, p'ra sempre vogando,
e eu, prisioneira, chorando...

Teresa Lacerda
(26-10-2003)

Beijinhos,
Teresa Lacerda
Enviado por Teresa Lacerda em 05/06/2010
Código do texto: T2301349
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