Estreito minguante

As cercas que cercam o gado

São de fios farpados, lisos, afiados!

Nem o vento escapa...

O pasto que o gado pasta

Anda arrepiado nos campos largados

Feito espinhos! Criados sobre caqui tos

O solo que eles pisoteiam

São restos de rochas vermelhas

Em vezes areia ou só chão mechado

Mas vejo o verde

Nas floras campais

Já vejo animais

Colorindo as serras

Sinto no gosto

O fervor dos poços

O frescor nos pólos

Com as chuvas outonais

E as crianças vivem as esperanças

De saborear os frutos após as flores

Que vão além das cores matinais

E dá-se em vida a beija-flores

E o gado pardo, que vive malhado.

Todo atordoado caminha sem destino

Neste caminho, que caminho!

Em que me acho, perdido...

...........” Catarino Salvador “.

Catarino Salvador
Enviado por Catarino Salvador em 02/06/2010
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