Estreito minguante
As cercas que cercam o gado
São de fios farpados, lisos, afiados!
Nem o vento escapa...
O pasto que o gado pasta
Anda arrepiado nos campos largados
Feito espinhos! Criados sobre caqui tos
O solo que eles pisoteiam
São restos de rochas vermelhas
Em vezes areia ou só chão mechado
Mas vejo o verde
Nas floras campais
Já vejo animais
Colorindo as serras
Sinto no gosto
O fervor dos poços
O frescor nos pólos
Com as chuvas outonais
E as crianças vivem as esperanças
De saborear os frutos após as flores
Que vão além das cores matinais
E dá-se em vida a beija-flores
E o gado pardo, que vive malhado.
Todo atordoado caminha sem destino
Neste caminho, que caminho!
Em que me acho, perdido...
...........” Catarino Salvador “.