Sepultando as entranhas

Olhem a luta mórbida, sórdida.

A labuta bruta.

Queiram guerrear arqueiros.

Com arcos certeiros.

Ao vento em lamento.

Em coro, um choro.

Longe se ouviu e partiu o moço.

Quão fundo era o poço.

Amável e bela, vela o morto.

Nada além de um corpo.

Mas o que para mim é nada.

Para o próximo pode ser a essência.

Na qual subsiste a existência.

Sem o que não se fala.

Nem se cala, se estagna.

Elimina de ser a arte de viver.

Já não se pode respirar.

Nem há como se amar.

Vive-se em tão somente vegetar.

Sem ar, sem ar, sem ar...

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Teresa Azevedo
Enviado por Teresa Azevedo em 01/06/2010
Reeditado em 04/06/2010
Código do texto: T2294218
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