Ia embora aquela alvorada...
Ia embora aquela alvorada...
Mais que um tédio na memória do meu corpo.
Mesmo assim, um único afeto ainda permanecia
De cumplicidade com o amor, mas ia...
Ia embora sem deixar marcas de tempo.
Sem guardar tesouros...
Sem se explicar no final,
Por que esse sentimento tudo inventa e se enterra num quintal.
Ia como um papel amarelado pelo verso,
De um fogo que não acende mais.
Piedade da lágrima que me chora gente.
Alvorada a esconder o que ainda sente.
Perdia o esplendor do riso...
Implorava a saudade que livrasse desconte,
Que na garganta entrasse só para fazer chorar...
Obedecesse a solidão e me deixasse de lembrar.
De Magela