Ia embora aquela alvorada...

Ia embora aquela alvorada...

Mais que um tédio na memória do meu corpo.

Mesmo assim, um único afeto ainda permanecia

De cumplicidade com o amor, mas ia...

Ia embora sem deixar marcas de tempo.

Sem guardar tesouros...

Sem se explicar no final,

Por que esse sentimento tudo inventa e se enterra num quintal.

Ia como um papel amarelado pelo verso,

De um fogo que não acende mais.

Piedade da lágrima que me chora gente.

Alvorada a esconder o que ainda sente.

Perdia o esplendor do riso...

Implorava a saudade que livrasse desconte,

Que na garganta entrasse só para fazer chorar...

Obedecesse a solidão e me deixasse de lembrar.

De Magela

DE MAGELA POESIAS AO ACASO
Enviado por DE MAGELA POESIAS AO ACASO em 24/05/2010
Código do texto: T2276857
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