Pálido eco
Depositei flores,
Beijei sua lápide fria
como minha alma
que em dor morria....
Você foi o sonho que
despencou no escuro
da noite em ondas do
mar me afogando em gritos...
Te amei com uma
combinação de saudade
sofreguidão e anseio.
Tive medo dessa
insanidade que permeava
seus sentidos...
Seus versos me levaram
a seu mundo, um labirinto
de loucuras, que me virou
do avesso....
Temendo não ser dona
de mim, mas um pálido
eco de seus desejos parti,
deixando flores e o epitáfio:
Aqui, jaz o amor como
uma concha vazia, parada
no tempo, no limiar do
Silêncio.......
Marcia Portella
18/05/10