NOME DE SAUDADE

Ai! Se eu pudesse, milagrosa fada,

Tirava de meu peito esta agonia

Que mora aqui, hostil, encalacrada,

Com a sua soberba valentia.

Vou pelos campos recolhendo as flores,

Vou às barrancas recolhendo as heras,

Para o vaso floral de meus amores,

Enfrentando as furiosas, loucas feras.

Mais medo eu tenho dos olhares dela

Quando me fitam sem nenhum carinho...

São como o sol com sua forte umbela

Que é necessário e também daninho.

Esta agonia é triste e muito antiga

De mal cuidada ansiedade.

Hoje ela é apenas fadiga

Com o nome de saudade!