Eu te odeio
Meu ódio começa quando eu sei
que você sabe minha música predileta.
Reforça o quanto eu errei
diante da sua indireta.
Sinto raiva de você saber o que quero,
pois por mais que eu não volte atrás,
deixa bem claro seu esmero
quanto a não pestanejar jamais.
Chuta o passado e me gera fúria
a cada má sorte arremessada.
Em cada bar, testemunha de nossa mistura,
passo de novo e me lembro de você embriagada.
Você não sabe o quanto te odeio
quando vejo aquele velho filme.
Você não está por perto nesse rodeio
onde caio do touro, pois sem você não sou firme.
Essa porcaria de música arde no meu ouvido,
teimando em lembrar de você.
O engraçado é que o “stop” não é comprimido,
mesmo sabendo que ele basta para conter.
Eu não suporto mais sua existência,
pois está muito confundida com a minha.
Mesmo sem saber, desafia minha inteligência,
mas nem ao menos imagina que és minha.