QUANDO ME DISSESTES ADEUS...
Quando me dissetes adeus...
Senti, no coração,
O transpassar gélido de uma lágrima,
Tão pesada e forte como o aço d’uma espada.
Senti, em meus olhos,
O terreno árido,
Antecipando a saudade das chuvas de Março.
Senti minhas mãos se ressecando,
Antecipando a saudade de estarem úmidas,
De tanta paixão pelas tuas.
Senti o susto dos meus pés,
Que também ficaram gélidos e inertes,
Por terem perdido você... O meu chão.
Quando me disseste adeus,
Senti no rosto o escorrer d’uma lágrima,
Vertente de uma saudade... Que não quer secar.