ASSISTÊNCIA
NO CHÃO
palito apagado
cigaro aceso
sujeira transparente
um caco de vidro
uma bola furada
uma foto partida
de um mundo suspenso
na palma da mão.
Chove,
os pingos caem sem dó
no asfalto.
e, no meio da praça
o relógio da torre badala
e percebe dentro da noite
um homem sentado
no banco molhado
entre fatos e buracos
que a tudo assistia.